Partindo do pressuposto que os dados fornecidos pelas
Estatísticas Municipais, elaborados pela Secretaria de Previdência, do
Ministério da Economia, estão devidamente ajustados, podemos concluir que no
Noroeste Fluminense a quantidade de aposentados pelo Regime Geral de
Previdência Social (43.799) encontra-se equilibrada com a de trabalhadores com
carteira assinada (43.655).
No entanto, o valor transferido pelo INSS aos
beneficiários está bem acima do valor arrecadado por esta instituição. No período
analisado (2017), o valor arrecadado (R$ 177 milhões) representa apenas 28% do
valor transferido aos beneficiários (R$ 635 milhões).
Em nove municípios da região a quantidade de aposentados pelo
INSS supera ao de trabalhadores com carteira. Nos dois maiores municípios,
Itaperuna e Santo Antônio de Pádua, e em Aperibé e São José de Ubá, a
quantidade de trabalhadores com carteira é maior do que a de aposentados.
Os beneficiários de aposentadorias pelo INSS da região
representam 13% da população. Itaocara é o município da região com o maior
número relativo de aposentados (19%), em seguida Bom Jesus do Itabapoana (17%).
O montante transferido pelo INSS aos beneficiários da região,
cerca de R$ 50 milhões mensais, sem
dúvida nenhuma representa uma grande ajuda na economia do Noroeste Fluminense.
Este levantamento mostra divergência em relação ao feito
pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), a pedido do jornal O Globo,
divulgado na quarta-feira passada (21/4), cujos dados referentes aos municípios
do Noroeste Fluminense reproduzimos aqui no blog (ver aqui).
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