O slogan do Dia Mundial do Meio
Ambiente, celebrado hoje (5), “Sete bilhões de sonhos. Um planeta. Consuma com
moderação”, convida as pessoas a repensarem seus estilos de vida e a se verem
como parte da coletividade, em uma comunidade global. A expectativa do Programa
das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) é que de um a três bilhões de consumidores de classe
média sejam somados à população global até 2030 e o Brasil tem um papel
importante neste contexto.
A ideia de que a riqueza de um país está ligada
apenas ao giro da sua economia está ficando ultrapassada e cada vez mais as
instâncias internacionais têm um olhar mais social, além do econômico.
“O Brasil tem sido muito reconhecido pela
inclusão de pessoas no acesso aos bens de consumo, mas tem um desafio muito
grande que é a educação dessa população. Só dar poder de compra não forma
cidadãos que analisam e fazem as escolhas conscientes. Precisamos ajudar as
pessoas a questionarem o que é mais importante na vida delas, a fazerem
escolhas que priorizem menos bens materiais e sigam no caminho da qualidade de
vida”, explicou a gerente de Comunicação e Campanhas do Instituto Akatu,
organização não governamental que trabalha pelo consumo consciente, Gabriela Yamaguchi.
O Instituto Akatu possui uma rede de aprendizagem para troca
de conhecimentos e práticas sobre consumo consciente entre professores e alunos
do Ensino Fundamental de escolas em todo o Brasil. O Edukatu reúne informações e materiais
sobre o tema e convida os participantes a realizar atividades por meio de
circuitos de aprendizagem.
Já o Pnuma desenvolve no Brasil, desde 2008, a campanha Passaporte
Verde que procura sensibilizar turistas para contribuir com o
desenvolvimento sustentável local por meio de escolhas responsáveis durante as
férias e o lazer. Na próxima semana, o programa das Nações Unidas lança, em
parceria com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, o Guia
Produção e Consumo Sustentáveis: tendências e oportunidades para o setor de
negócios.
Segundo a consultora do Pnuma, o guia é uma forma
simplificada de explicar esse conceito de produção e consumo sustentáveis.
“Isso vai além da chamada gestão ambiental, de reduzir o desperdício, mas
desenhar produtos mais sustentáveis, um ferro elétrico que consome menos
energia, por exemplo. O guia traduz esse conceito mais complexo para uma
linguagem que as pequenas e médias empresas entendem e se apropriam. É uma
conversa com todos os elos da cadeia também para sensibilizar o consumidor a
prestigiar esses produtos. Optar pelos mais sustentáveis serve de recado para a
indústria, de que [o consumidor] quer mais desses produtos”, explicou Fernanda.
Com informações da Agência Brasil
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