Da Agência Brasil
Edição: Armando Cardoso
Brasil recebe
casal de ararinhas-azuis da Alemanha. Nascidas de uma
fêmea brasileira,
que foi levada ao país europeu para reprodução, as
ararinhas foram
batizadas de Carla e Tiago
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Um
casal de ararinhas-azuis, espécie considerada extinta na natureza,
chegou hoje (3) de manhã ao Brasil. Nascidas na Alemanha, as ararinhas,
batizadas de Carla e Tiago, são filhas de uma fêmea brasileira e devem
ajudar a aumentar a população dos pássaros dessa espécie, no Brasil.
De
acordo com o Ministério do Meio Ambiente, atualmente existem apenas 11
animais da espécie no país, todas vivendo em um criadouro no interior de
São Paulo.
A iniciativa é uma parceria do governo brasileiro com
a Agência Federal Alemã de Conservação da Natureza. A chegada das
ararinhas ao país serviu para marcar o Dia Mundial da Vida Selvagem.
Entre outros objetivos, a data promove a cooperação entre países para
preservar espécies.
“Hoje é um dia emocionante para a conservação
da biodiversidade do Brasil. É um dia ímpar dos esforços
técnico-científicos. Viabilizamos o retorno da espécie símbolo do
Brasil. Que, no futuro, ela possa ser colocada na natureza”, acrescentou
a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Os animais
desembarcaram no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Em seguida, foram
levados para um quaternário oficial do Ministério da Agricultura, onde
permaneceram em observação por 15 dias. O próximo destino do casal será
um criadouro científico da fauna silvestre para fins de conservação, no
interior paulista.
“Nós temos fêmeas precisando de machos.
Levamos para a Alemanha, fizemos todo o trabalho de reprodução e agora
estamos trazendo Tiago e Carla de volta ao Brasil”, explicou a ministra.
Segundo
ela, o objetivo é devolvê-los à natureza assim que o país atingir 150
animais da espécie. “A meta é, até 2020, estarmos testando e
viabilizando a reinserção dessas espécies na natureza”, ressaltou
Izabella Teixeira.
O habitat natural da ararinha-azul é a
Caatinga, na área do município de Curuçá, no norte da Bahia. As aves só
começam a se reproduzir após quatro anos de vida, quando entram na fase
adulta. Somente cinco animais nascem a cada 12 meses.
Conforme a
ministra, desde 2000 a espécie não é mais encontrada na natureza. Em
razão disso, há uma cooperação entre o Brasil, o Catar e a Alemanha para
viabilizar a reprodução dos animais em cativeiro.
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