Santo Antonio de Pádua lidera o ranking da região do Índice FIRJANde D esenvolvimento Municipal (IFDM). Aperibé alcançou a melhor avaliação em Educação de todo o estado
Itaperuna, 2 de junho de 2014
O
Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM), criado pela
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) para
acompanhar a evolução dos 5.565 municípios brasileiros,
revelou em sua 6ª edição que o Noroeste Fluminense é destaque na
vertente Educação, com oito municípios entre os dez melhores no ranking
estadual. Apesar dos bons resultados nesse quesito, a região não
apresenta nenhum município classificado como de alto desenvolvimento.
O
município de Santo Antônio de Pádua obteve melhor IFDM consolidado da
região (0,7851), apresentando crescimento em todas as vertentes
analisadas. A cidade ficou em 12º lugar no ranking
geral das cidades fluminenses.
Com
recorte municipal e abrangência nacional, o IFDM avalia as condições de
Educação, Saúde, Emprego e Renda de todos os municípios brasileiros. O
índice varia de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo)
para classificar o nível de cada cidade em quatro categorias: baixo (de
0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto
(0,8001 a 1) desenvolvimento.
Os
resultados obtidos têm base em informações oficiais dos ministérios da
Educação, Saúde, Trabalho e Emprego. Nesta edição foram utilizados os
dados de 2011, o que permite a comparação
do desenvolvimento dos municípios com o ano de 2010 - último ano da
primeira década do século XXI. A metodologia foi aprimorada para captar
os novos desafios do desenvolvimento brasileiro na segunda década do
mesmo século.
Segunda
colocada na região, Itaperuna (IFDM 0,7776) recuou 0,1% frente a 2010,
por conta do indicador Emprego e Renda. No outro extremo da
classificação regional, Cambuci caiu 24 colocações
no ranking estadual por conta de grande recuo em Emprego e Renda, que
passou de regular para baixo desenvolvimento, e Educação. A cidade
apresentou crescimento apenas na vertente Saúde, passando de regular
para moderado desenvolvimento. Varre-Sai (IFDM 0,5717)
ficou com a última colocação do Noroeste, registrando queda nos três
indicadores.
Destaque
no IFDM-Educação, Aperibé garantiu a pontuação mais alta do estado
nessa vertente: 0,8940. O município também apresentou o maior variável
de crescimento do Noroeste face à edição
anterior (9,6%), subindo 13 posições no ranking do estado. Na região, é
a terceira com melhor colocação.
No
indicador Emprego e Renda, por sua vez, os municípios do Noroeste se
concentraram nas classificações mais baixas: três apresentam baixo
desenvolvimento, sete desenvolvimento regular
e três desenvolvimento moderado. Sete cidades tiveram queda no
indicador, com destaque para Cambuci, Natividade, Bom Jesus do
Itabapoana e Varre-Sai. Já no IFDM-Saúde, a maioria dos municípios está
classificada com desenvolvimento moderado. Três apresentam
alto desenvolvimento – Santo Antônio de Pádua, Itaperuna e Natividade -
e dois, IFDM regular.
Ao
analisar o IFDM consolidado, nota-se que a região teve um aumento no
número de municípios classificados como de desenvolvimento regular. Em
2010, era apenas um (Laje do Muriaé). Os demais
estavam no patamar moderado. Em 2011, Laje do Muriaé continuou como
regular e Cambuci e Varre-Sai caíram de desenvolvimento moderado para
regular.
No
ranking geral do estado do Rio, Resende ocupa a primeira posição, com
0,8349 ponto. Em seguida, está Volta Redonda, que se destacou por ser a
única cidade a registrar alto nível de desenvolvimento
nas três vertentes analisadas pelo IFDM, status conquistado por conta
do expressivo avanço no IFDM-Emprego e Renda e à melhora no
IFDM-Educação. Já a terceira colocação no ranking estadual é ocupada por
Nova Friburgo, seguida do município do Rio de Janeiro,
que também ultrapassou a fronteira do alto desenvolvimento devido,
principalmente, ao avanço da variável Educação. Entre as capitais
brasileiras, o Rio é a 9ª melhor colocada. Japeri manteve-se na última
colocação no ranking do estado do Rio.
Brasil avança em Educação e Saúde e
mantém nível de desenvolvimento moderado
Em
um cenário nacional de desaceleração da geração de empregos e menor
crescimento da renda, o IFDM revelou que a Educação e a Saúde foram os
grandes destaques para que o Brasil mantivesse
em 2011 o nível de desenvolvimento moderado observado na última década.
O avanço nas duas vertentes fez com que o país atingisse 0,7320 pontos
no índice, um crescimento de 1,8% na comparação com 2010.
O
IFDM-Educação atingiu 0,7355 pontos em 2011 e foi o indicador que mais
cresceu em relação ao ano anterior (3,9%). O crescimento ocorreu em 81%
dos municípios e refletiu, principalmente,
o aumento das notas do Ideb em 3.918 cidades (70,4% do total). O
resultado fez com que a maioria dos municípios (54,8%) ficasse com
desenvolvimento moderado nesta vertente, enquanto 25% atingisse o alto
desenvolvimento. Ainda assim, 20% do país apresenta indicadores
de educação regulares ou baixos.
O
IFDM-Saúde cresceu 2,1% em 2011, atingindo 0,7387 pontos e com melhora
no indicador em 65% dos municípios. Os resultados refletem a evolução de
todas as variáveis que compõem o IFDM-Saúde,
em especial do indicador de internações sensíveis à atenção básica, que
teve um incremento de 3,6%. Analisando essa vertente, o número de
municípios com alto desenvolvimento subiu de 1.415 para 1.583, com
destaque para as regiões Sul e Sudeste. Apesar da melhora,
o número de municípios com baixo desenvolvimento no IFDM-Saúde é dez
vezes maior do que o observado no IFDM-Educação. Somente as regiões
Norte e Nordeste reuniram 260 dos 303 municípios de baixo
desenvolvimento nesta área.
Já
o IFDM- Emprego e Renda foi o único que recuou em 2011, passando de
0,7261 para 0,7219 pontos (-0,6%). O número de municípios com alto
desenvolvimento caiu de 124 para 97, enquanto o
de municípios com baixo desenvolvimento aumentou de 1.624 para 1.686.
Os dados refletem a desaceleração da economia brasileira naquele ano,
quando o saldo de geração de postos de trabalho com carteira assinada
foi 23% inferior ao registrado no ano anterior.
No
resultado geral, 3.653 (66,7%) cidades iniciaram a nova década em
situação melhor do que terminaram a passada, sendo que apenas 332 (6,0%
do total) alcançaram o nível de alto desenvolvimento.
No ranking nacional do IFDM, houve a predominância total de São Paulo
nas 10 primeiras colocações. Neste grupo, praticamente todas as cidades
apresentaram alto desenvolvimento nas três áreas analisadas. A primeira
cidade colocada no ranking foi Louveira (SP),
com 0,9161 pontos, seguida de São José do Rio Preto (SP), com 0,9156.
Nas duas últimas posições do ranking nacional estão Santa Rosa do Purus
(AC), com 0,2819 pontos, e Atalaia do Norte (AM), com 0,2916 pontos.
Entre
as capitais brasileiras, Curitiba (PR) ocupou novamente o topo do
ranking, enquanto São Paulo (SP) e Vitória (ES) alternaram suas
posições. A capital paulista assumiu a segunda colocação
por manter um bom desempenho na vertente Emprego e Renda, indo na
contramão das demais capitais que, em grande maioria, apresentaram recuo
na geração de empregos. Estas três cidades e Palmas (TO), quarta
colocada no ranking das capitais, integram o rol dos
100 maiores IFDMs do Brasil.
Nível de desenvolvimento ainda é desigual no país
Os
níveis de desenvolvimento encontrados nos municípios brasileiros
continuam dividindo o Brasil em dois. De um lado estão as regiões
Sudeste, Sul e Centro-Oeste, que possuem 60% das cidades
brasileiras e dominaram os 500 maiores IFDMs do país, com 98,6% de
participação. Do outro estão as regiões Norte e Nordeste, que respondem
por 40% das cidades brasileiras e predominaram entre as 500 posições
mais baixas do ranking, com 94,4% de participação.
O
resultado aponta que o número de óbitos mal definidos dos municípios
menos desenvolvidos é três vezes pior e a taxa de internações evitáveis
por ação da atenção básica é quase o dobro
da observada nos municípios mais desenvolvidos. Em Educação, as taxas
de abandono escolar entre os 500 maiores IFDMs são dignas de países
desenvolvidos, menores do que 1%, e contrastam com as taxas dos 500
menores, seis vezes piores. Outro ponto que ressalta
a desigualdade entre as regiões é o contraste do mercado de trabalho,
onde há municípios capazes de empregar formalmente mais de 40% da sua
população em idade ativa e outros que não chegam a um décimo.
Levando
em consideração o ritmo de desenvolvimento registrado no país desde
2005, considera-se que o grupo dos 500 piores IFDMs está 13 anos
atrasados em relação aos padrões de desenvolvimento
encontrados nos municípios que ficaram no topo do ranking. De acordo
com o estudo, essas cidades menos desenvolvidas ainda não chegaram ao
século XXI.
Nova metodologia para os desafios do século
Nesta
edição, a metodologia do IFDM foi aprimorada. Um dos objetivos foi
situar o Brasil no mundo, buscando padrões de desenvolvimento
encontrados em países mais avançados e utilizando-os
como referência para os indicadores nacionais. Também foi feita a
atualização de metas e parâmetros brasileiros, tornando 2010 o ano de
referência para o estudo.
Entre as áreas de desenvolvimento, a Saúde
ganhou o componente “Internação sensível à atenção básica”. O
indicador acompanha as internações hospitalares que poderiam ter sido
evitadas caso os serviços de atenção básica de saúde tivessem sido
efetivos, como, por exemplo, as internações por anemia,
hipertensão ou diabetes. Foram também incorporados parâmetros
internacionais para as taxas de óbitos infantis e aumentadas as
exigências com relação ao atendimento às gestantes e à identificação de
óbitos.
Em Emprego e Renda
foram introduzidos os conceitos “Desigualdade” e “Absorção da mão de
obra local”. O primeiro indicador incorpora ao cálculo do IFDM o índice
de Gini - medido a partir da remuneração dos trabalhadores com carteira
assinada - e assim é possível avaliar a
concentração da renda gerada no mercado de trabalho local. Já o
conceito “Absorção da mão de obra local” mede a capacidade do município
de absorver a população local, através da relação entre o estoque de
trabalhadores com carteira assinada e a população em
idade ativa. Nesta vertente, também foi substituída a variável salário
pela massa salarial, de forma a captar a relevância econômica do
município e o seu potencial de servir como vetor de desenvolvimento para
outras cidades.
No IFDM Educação
não houve inclusão de variáveis, mas sim a atualização dos
parâmetros de desenvolvimento, que passaram a se basear no ano 2010, em
metas de governo e em padrões internacionais. Dessa forma, foram
reforçadas as exigências quanto à formação de professores
e ao atendimento em creches e pré-escolas, bem como às taxas de
abandono e de distorção idade-série.
Acesse
www.firjan.org.br/ifdm
para obter a íntegra do estudo, tabelas, rankings e análise dos estados.
Assessoria de Imprensa Itaperuna
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