Produção de leite no estado alavanca com nova geração de animais

Número de gestações bovinas por inseminação artificial chegou a mais de 1,7 mil

A parceria firmada entre o programa Rio Genética, da Secretaria de Agricultura, e o Sescoop/RJ (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado do Rio) resultou em 1.717 gestações bovinas através de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). O acesso à essa biotecnologia, anteriormente inacessível aos pequenos produtores, está garantindo o melhoramento genético do rebanho com redução no intervalo dos partos, trazendo ganhos para a pecuária leiteira fluminense.

De acordo com o coordenador técnico do programa, Luiz Nogueira, o material genético utilizado, proveniente de reprodutores de alto potencial zootécnico, é fornecido pelo Rio Genética para produtores cooperados, prioritariamente, aqueles que tenham adquirido animais nas feiras do Rio Genética.

A parceria com o Sescoop/RJ viabiliza a prestação de serviços de médicos veterinários, exame ginecológico das fêmeas e aplicação da técnica de IATF. Iniciado no fim de 2011, o trabalho conjunto já propiciou examinar mais de seis mil fêmeas e realizou 3.511 protocolos/inseminação em matrizes de 294 propriedades rurais de diversos municípios.
 

– É um avanço no processo para melhorar o rebanho bovino fluminense. Estamos formando uma nova geração de animais de qualidade para a produção leiteira no Rio de Janeiro – explicou Luiz Altamiro.
 

Na avaliação do secretário de Agricultura, Christino Áureo, o Rio Genética vem promovendo o melhoramento genético de forma efetiva e precisava de um sistema que desse prosseguimento ao aprimoramento dentro das propriedades, e a IATF atende a essa demanda.
 

– A inseminação artificial ainda é a maior aliada no melhoramento animal – afirmou o secretário.
 

O índice de prenhez obtido com a IATF no programa é de 49%, enquanto a média nacional está em 43%. A inseminação possibilita a programação prévia da data para a realização da inseminação artificial otimizando o método. O crescimento da utilização da tecnologia foi responsável por mais do que dobrar o número de vacas inseminadas no Brasil, nos últimos dez anos.

Imprensa RJ