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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Meio ambiente no Noroeste Fluminense alavanca

Enfim, o Noroeste Fluminense acordou para a questão da preservação ambiental. De poucos anos para cá, muito tem sido feito pelos governos do estado e municípios para recuperação da degradação ambiental que os municípios da região mergulharam.

Várias iniciativas têm sido tomadas neste sentido, principalmente pela Secretaria estadual do Ambiente, como as que vimos recentemente na Conferência Regional de Meio Ambiente no Noroeste Fluminense, realizada no município de Natividade.

Nesta conferência, foi anunciado pelo secretário Carlos Minc diversas iniciativas na área ambiental em benefício da região como a inauguração em outubro da Central de Tratamento de Resíduos (CTR) de São Fidelis, que receberá o lixo de sete cidades do entorno (São Fidélis, Cardoso Moreira, Itaocara, Santo Antônio de Pádua, Aperibé, Cambuci, Italva e Miracema). Em breve será entregue a CTR de Itaperuna, para receber o lixo de Porciúncula, Natividade, Varre-Sai, Itaperuna, Bom Jesus do Itabapoana, São José de Ubá e Laje do Muriaé.

Além disso, começa a ser implantado no Noroeste Fluminense a coleta seletiva. Há projetos-piloto em Porciúncula e em Bom Jesus do Itabapoana”, afirmou a subsecretária de Meio Ambiente de Natividade e secretária-executiva do Conselho de Secretários Municipais de Meio Ambiente do Noroeste Fluminense (Cosemma/NF), Maria Inês Tederiche. O secretário municipal de Meio Ambiente de São José de Ubá e presidente do Cosemma/NF, Bismarck José Ney, anunciou para setembro o início de sistema de recolhimento de lixo reciclável em seu município.

Na ocasião, Minc entregou para os prefeitos de Natividade, Marcos Antonio da Silva Toledo, e de São José de Ubá, Gean Marcos Pereira da Silva, os Planos Municipais de Conservação e de Recuperação da Mata Atlântica de suas cidades. Os demais planos serão entregues para as outras cidades do Noroeste Fluminense até o final de agosto.

Os referidos planos, elaborados pela Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), pela Associação Estadual de Municípios do Rio de Janeiro (Aemerj) e pelo Instituto de Estudos da Religião (Iser)  – que preveem a participação ativa das populações dos municípios na sua formatação final – apontaram até agora que os 13 municípios do Noroeste Fluminense possuem 62,5 mil hectares de Mata Atlântica – 14% de suas áreas totais somadas. Além disso, têm potencial de reflorestamento de 74,9 mil hectares. Os planos são instrumentos de planejamento e gestão que visam à conservação e recuperação do bioma Mata Atlântica.

Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente, os planos orientarão políticas ambientais em uma região que possui alto potencial de expansão de áreas verdes e de implementação de políticas econômicas que beneficiem o produtor que mantiver florestas em pé.

Na área ambiental, o secretário anunciou ainda a implantação de 15 viveiros de mudas de Mata Atlântica – um em cada um dos 13 municípios do Noroeste e dois do Norte Fluminense, com capacidade de produção anual de 50 mil a 100 mil mudas.

Essas mudas, segundo Minc,  serão fundamentais para o trabalho de reflorestamento das matas ciliares de rios da região, que será incentivado pela secretaria do Ambiente com o pagamento por serviço ambiental promovido por agricultores cadastrados.

Carlos Minc destacou também obras no valor de R$ 600 milhões que deverão ser executadas em breve para resolver problemas de inundações em importantes cidades do Norte e do Noroeste Fluminense.

Unidades municipais de conservação no Noroeste Fluminense

Pioneira na região, Miracema tem 8.820 hectares de unidades de conservação municipais (APA Miracema, com 6.629 hectares, RVS da Ventania, com 2.176 hectares, e Parque Natural Municipal Dr. Walquer Oliveira de Souza, com 15 hectares)

Como resultado da elaboração dos Planos Municipais de Conservação e de Recuperação da Mata Atlântica, o Noroeste Fluminense ganhou mais cinco Unidades de Conservação e o Norte mais uma. As áreas dessas novas unidades terão 14.200 e 5.384 hectares, respectivamente, e vão proteger 295 nascentes e cinco espécies de animais ameaçadas de extinção. Para partes devastadas, está previsto o plantio de 24 milhões de mudas.

“Os remanescentes de Mata Atlântica ainda existentes e com alto grau de biodiversidade precisam ser preservados sob a forma de unidade de conservação. Os planos de conservação preveem uma série de ações de recuperação e de conservação e funcionam como catalisadores de politicas públicas”, explicou a superintendente de Biodiversidade e Florestas da SEA, Alba Simon.

“O próximo passo – continuou Alba – é orientar os municípios a apresentar projetos para obtenção de recursos no Fundo da Mata Atlântica, para a implementação das unidades, construir sedes e demarcar trilhas, entre outras iniciativas.”

Unidades municipais de conservação criadas:
Porciúncula: Área de Proteção Ambiental (APA) Ribeirão da Perdição, com 6.141 hectares;
Natividade: Refúgio de Vida Silvestre (RVS) da Bela Vista Paraíso; 779,98 hectares;
Natividade: Monumento Natural (Mona) da Água Santa; 1.172,5 hectares;
Cambuci: Refúgio de Vida Silvestre (RVS) do Chauá; 4.439,7 hectares;
Aperibé: Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra da Bolívia; 1.667 hectares;
São Fidélis: Área de Proteção Ambiental (APA) Rio do Colégio; 5.384 hectares.

Unidades em fase de criação:
Santo Antonio de Pádua: Monumento Natural (Mona) da Serra das Frecheiras; 1.558 hectares;
Itaocara: Serra da Caledônia; 845 hectares;
Itaocara: Serra do Cândido; 1.057 hectares.

Com informações do G1

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