A bacia do Paraíba do Sul, no trecho do Estado do Rio, vai contar com
protocolos mais ágeis no caso de emergências ambientais que coloquem em risco a
captação de água para abastecimento. Um grupo de trabalho começou a ser formado
nesta sexta-feira (07/06), em reunião no Instituto Estadual do Ambiente (Inea),
e estudos feitos pela Agência Nacional de Águas (Ana) foram apresentados para
embasar o plano de contingência do principal manancial hídrico do Estado, e das
bacias dos Rios Pomba e Muriaé, incluindo sistemas de previsão mais acurados.
A presidente do Inea, Marilene Ramos, destacou a importância dos estudos
realizados pela Ana para proporcionar mais segurança nos procedimentos a serem
adotados em casos de emergências ambientais. Com previsões mais eficazes para o
percurso de substâncias poluentes ao longo do rio, por exemplo, é possível
estabelecer com precisão os momentos de fechamento e abertura de captações de
água, evitando que o abastecimento seja prejudicado desnecessariamente.
- Não podemos enfrentar acidentes como o recente vazamento de óleo diesel
(em São José do Barreiro - SP) sem uma ferramenta adequada de previsão do
deslocamento destas manchas de poluentes. Temos de estabelecer um protocolo de
atuação mais ágil para estas situações, em regiões específicas, envolvendo
todos os envolvidos nas situações de emergência – defendeu a presidente do
Inea.
Com mais de 100 participantes, incluindo representantes de prefeituras,
Estado, empresas e do Comitê de Bacia do Paraíba do Sul, a reunião teve como
principal objetivo a apresentação dos estudos sobre a bacia do Paraíba do Sul
para a elaboração de um sistema de previsão de eventos críticos e de um sistema
de intervenções estruturais para mitigação dos efeitos de cheias nos rios
Muriaé e Pomba. O superintendente de Usos Múltiplos da Ana, Joaquim Gondim, e o
técnico da agência, Othon Fialho, expuseram os estudos, que duraram dois anos e
foram concluídos em dezembro do ano passado.
O sistema de previsão, que já dispõe de um programa em fase beta e de código
aberto, tem três módulos que abrangem cheias, ruptura de barragens e qualidade
da água. De acordo com os representantes da Ana, a fase final do programa deve
estar disponível em cerca de um mês. O sistema de intervenções estruturais
prevê a construção de quatro barragens e 10 canais em Minas Gerais, de modo a
evitar as cheias que têm repercussões na Região Noroeste do Rio de Janeiro.
Com informações da Imprensa RJ
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