O Estudo sobre Trabalho Doméstico no Mundo, divulgado hoje (9) pela
Organização Internacional do Trabalho (OIT), mostra que 93% dos
trabalhadores domésticos no Cone Sul (Brasil, Argentina, Uruguai, Chile e
Paraguai) são mulheres. Segundo a OIT, a região tem alta incidência de
trabalho doméstico, onde o Brasil é o país que mais emprega. No país, o
setor cresceu de 5,1 milhões de trabalhadores, em 1995, para 7,2
milhões, em 2009.
Nessa porção da América do Sul, ainda há uma diferenciação entre as
mulheres brancas e as negras. A organização usou dados da Pesquisa
Nacional de Amostra por Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), que indicam que 21,7% de todas as
mulheres negras empregadas são domésticas. No caso de mulheres não
negras, o percentual cai para 13%. Os dados da Pnad são usados também
como referência aos outros países.
O estudo da OIT apontou que as mulheres formam 80% do contingente de
trabalhadores domésticos, se considerada média mundial. Se comparadas a
outros tipos de trabalho, as atividades domésticas ocupam 3,5% das
mulheres em todo o mundo.
Carolina Sarres/Talita Cavalcante - Agência Brasil
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