Dona de casa e quarta ocupação mais declarada por candidatos no país
Com a cota obrigatória de 30% para candidaturas de um dos sexos, o número de candidatas donas de casa mais que dobrou nestas eleições, segundo levantamento do G1 junto aos dados de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). É a quarta ocupação mais declarada, passando de 9.869 candidaturas na última eleição para 22.789 em 2012 – aumento de 131%.
Com a cota obrigatória de 30% para candidaturas de um dos sexos, o número de candidatas donas de casa mais que dobrou nestas eleições, segundo levantamento do G1 junto aos dados de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). É a quarta ocupação mais declarada, passando de 9.869 candidaturas na última eleição para 22.789 em 2012 – aumento de 131%.
PROFISSÕES/ OCUPAÇÕES MAIS DECLARADAS E Nº DE
CANDIDATOS
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2008
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2012
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Agricultor
(42.516)
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Servidor
público municipal (39.268)
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Comerciante
(35.976)
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Agricultor
(38.655)
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Servidor
público municipal (25.426)
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Comerciante
(35.160)
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Vereador
(19.232)
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Dona de
casa (22.789)
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Empresário
(13.047)
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Vereador
(20.787)
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Professor
de ensino fundamental (11.682)
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Empresário
(20.494)
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Professor
de ensino médio (11.224)
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Aposentado
(14.860)
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Aposentado
(10.916)
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Professor
de ensino fundamental (13.481)
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Dona de
casa (9.869)
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Professor
de ensino médio (11.509)
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Fonte:
Tribunal Superior Eleitoral, divulgação de candidaturas - 2012
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As donas de casa representam 4,8% do total de
candidatos, atrás apenas dos servidores públicos municipais, agricultores e
comerciantes. Em 2008, a ocupação aparecia em 9º lugar (veja quadro acima).
Os dados mostram que o aumento ocorre em razão do
elevado número de candidatas a vereadora. São 22.536 inscritas, 98,9% do total.
Em 2008, eram 9.546 candidatas.
Para prefeita e vice, no entanto, o número caiu.
Neste ano, 81 donas de casa (0,35% do total de candidaturas nessa ocupação)
concorrem ao cargo do Executivo. Nas últimas eleições, eram 102 candidatas com
esta ocupação. Para vice, agora são 172 candidaturas (0,75% do total). Em 2008,
havia 221 postulantes ao cargo.
'Laranjas'
Para o cientista político José Eustáquio Alves, a explicação mais provável para
o aumento significativo e para a disparidade entre os cargos disputados é a
obrigatoriedade da cota sexual nestas eleições.
Agora, a lei exige 30% dos candidatos de um dos
sexos nos partidos e coligações na disputa para vereador. A regra provocou um aumento na participação feminina nas eleições O
Tribunal Superior Eleitoral afirma que a coligação ou partido que não cumprir a
cota obrigatória poderá ter a lista inteira de candidatos rejeitada.
“Esses partidos não investiram na formação de
mulheres, não prepararam. Então, para preencher a cota, eles lançam a famosa
candidata ‘laranja’. Lançam a mãe, a irmã, até a empregada doméstica, só para
preencher”, afirma Eustáquio Alves.
Coincidentemente, a ocupação dona de casa dos candidatos
a vereador em Miracema também foi a quarta mais declarada. Ver aqui a
postagem PRINCIPAIS OCUPAÇÕES DOS CANDIDATOS A VEREADOR EM MIRACEMA
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