Turistas fazem passeio inédito e aprovam teleférico do Alemão
06/06/2011Por Guedes de Freitas
Governo do Estado do Rio
Grupo percorre pela primeira vez o circuito de seis estações e lá do alto vê um surpreendente visual da cidade
O teleférico do Complexo do Alemão, na Zona Norte, é mais uma opção de passeio no Rio de Janeiro. Implantado pelo Governo do Estado para facilitar o ir e vir de moradores dessas comunidades carentes, o meio de transporte aéreo, que será inaugurado oficialmente este mês, foi aprovado também como alternativa de turismo. Um grupo de pessoas fez o circuito de seis estações, pela primeira vez, na última sexta-feira (3/6), em uma das 152 gôndolas, e, lá do alto viu, entusiasmado, um novo e surpreendente visual da cidade. A opinião foi unânime: o passeio não fica nada a dever às tradicionais atrações cariocas.
Os turistas pioneiros – Lúcia David e Ilton David, moradores de Bento Ribeiro, Roberto Santos, de Vargem Grande, Mara Martins, artesã moradora no complexo, e o jornalista alemão Jens Glüsing, correspondente da revista Der Spiegel, além da guia turística Ellen Serra – embarcaram na estação do Adeus, seguiram para os morros da Baiana, Alemão, Itararé e Fazendinha, de onde retornaram parando nas mesmas estações e seguindo para a estação de Bonsucesso, onde o sistema, quando operar comercialmente, se integrará com os trens da SuperVia. O percurso tem 3,5 quilômetros e é percorrido num sentido em 15 minutos.
O novo cartão postal da cidade é uma atração para quem está lá embaixo, admirando o eterno vaivém das gôndolas sobre suas cabeças, e para quem está lá em cima, sobrevoando o casario e, apreciando, de um lado, o Engenhão, estádio de futebol do Botafogo, e, mais distante, o Pão de Açúcar, entre outros atrativos, e, do outro, a Igreja da Penha e a Baía de Guanabara. Os visitantes pareciam extasiados com a viagem dentro de uma gôndola envidraçada que permite visão de 360 graus.
Um turista chamava a atenção para o bom gosto das pinturas nas colunas por onde correm os cabos de aço e dos mosaicos nas estações, estes feitos por artesãos e artistas da comunidade, orientados por profissionais, desenvolvendo temas de uma maneira ou de outra relacionados à realidade local, como rodas de samba, meninos soltando pipa ou jogando bola e a lua iluminando o casario, nada que lembre a violência de outrora. Um dos turistas antevia o uso dessas estações, sempre com mais de três pavimentos, amplos e ventilados, para shows e eventos culturais, como os que ocorrem no Morro da Urca.
O correspondente alemão assegurou que vai divulgar em seu país, através de sua agência de notícias, a nova atração turística do Rio, considerando-a tão fascinante quanto o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar. A guia turística Ellen Serra fez o passeio inaugural como uma simples turista, mas já decidiu incluí-lo no roteiro do tour que organiza pelas comunidades do Complexo Alemão.
– O teleférico é um ponto diferenciado do favela tour no Rio de Janeiro, porque nenhuma comunidade tem um igual a este, com uma vista linda e esta estrutura magnífica. O teleférico passa a ser um dos principais pontos de atração no roteiro do nosso passeio cultural, que também visita outras atrações do complexo, como a Igreja da Penha, o Cine Carioca, o casarão da viscondessa – afirmou Ellen Serra.
Presidente da empresa responsável pela implantação do teleférico, a Emop, Ícaro Moreno Júnior ressalta que a vertente turística do sistema será uma forma de aproximação do público externo com a comunidade.
– Virão pessoas para conhecer uma das comunidades tão mal falada por anos no estado, no Brasil e até no exterior, mas que agora está pacificada. Que venham os turistas para cá. Não dá para o turismo ficar restrito apenas à Zona Sul. Isso aqui é cultura brasileira – pregou Ícaro Moreno.
Teleférico vai beneficiar 85 mil moradores
Com um custo em torno de R$ 210,9 milhões, o teleférico é o primeiro sistema de transporte de massas por cabos do Brasil. Além de cumprir sua função como um sistema de transporte, também destina espaços para equipamentos de inserção social. Ele está integrado aos trens da SuperVia, através da estação de Bonsucesso, e ao metrô, o que vai permitir a uma pessoa se deslocar de pontos distantes do Rio, tanto do Norte como do Sul da cidade, e chegar até a estação da Fazendinha, a última do sistema, sem sair das estações.
Aproximadamente 85 mil moradores do complexo vão se beneficiar diretamente com o teleférico, cuja capacidade de transporte é de três mil passageiros/hora e a velocidade de cinco metros por segundo. Serão 152 gôndolas com capacidade para 10 passageiros, sendo oito sentados e dois em pé. As gôndolas são dotadas de sistema de comunicação com as estações e energizadas através de energia solar.
Há seis estações que estão distribuídas da seguinte forma:
Estação intermodal, em Bonsucesso, que faz a integração com os trens da SuperVia, além de servir de instrumento de revitalização urbanística do bairro;
Estação Morro do Adeus, localizada em uma das comunidades mais importantes do complexo, onde antes só havia acesso por meio de longas escadarias. Esta estação vai contar ainda com uma sala de leitura.
Estação Morro da Baiana: localizada no bairro de Ramos, trata-se da estação motriz de todo o sistema. É o “coração” do teleférico.
Estação Morro do Alemão: situada na comunidade que batiza o complexo, esta estação vai abrigar mais um equipamento social – o Centro de Referência da Juventude.
Estação Itararé/Alvorada: mais uma das estações intermediárias. Ela promoverá a integração com o conjunto habitacional da Poesi, na Estrada do Itararé, e com o Colégio Estadual Jornalista Tim Lopes, além de ceder espaço para a instalação de um centro de serviços à comunidade.
Estação Fazendinha: estação de retorno do teleférico, localizada no Bairro de Inhaúma. Cumpre sua função como parte de um sistema de transporte e também destina um grande espaço para a biblioteca local a serviço da comunidade.
Os turistas pioneiros – Lúcia David e Ilton David, moradores de Bento Ribeiro, Roberto Santos, de Vargem Grande, Mara Martins, artesã moradora no complexo, e o jornalista alemão Jens Glüsing, correspondente da revista Der Spiegel, além da guia turística Ellen Serra – embarcaram na estação do Adeus, seguiram para os morros da Baiana, Alemão, Itararé e Fazendinha, de onde retornaram parando nas mesmas estações e seguindo para a estação de Bonsucesso, onde o sistema, quando operar comercialmente, se integrará com os trens da SuperVia. O percurso tem 3,5 quilômetros e é percorrido num sentido em 15 minutos.
O novo cartão postal da cidade é uma atração para quem está lá embaixo, admirando o eterno vaivém das gôndolas sobre suas cabeças, e para quem está lá em cima, sobrevoando o casario e, apreciando, de um lado, o Engenhão, estádio de futebol do Botafogo, e, mais distante, o Pão de Açúcar, entre outros atrativos, e, do outro, a Igreja da Penha e a Baía de Guanabara. Os visitantes pareciam extasiados com a viagem dentro de uma gôndola envidraçada que permite visão de 360 graus.
Um turista chamava a atenção para o bom gosto das pinturas nas colunas por onde correm os cabos de aço e dos mosaicos nas estações, estes feitos por artesãos e artistas da comunidade, orientados por profissionais, desenvolvendo temas de uma maneira ou de outra relacionados à realidade local, como rodas de samba, meninos soltando pipa ou jogando bola e a lua iluminando o casario, nada que lembre a violência de outrora. Um dos turistas antevia o uso dessas estações, sempre com mais de três pavimentos, amplos e ventilados, para shows e eventos culturais, como os que ocorrem no Morro da Urca.
O correspondente alemão assegurou que vai divulgar em seu país, através de sua agência de notícias, a nova atração turística do Rio, considerando-a tão fascinante quanto o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar. A guia turística Ellen Serra fez o passeio inaugural como uma simples turista, mas já decidiu incluí-lo no roteiro do tour que organiza pelas comunidades do Complexo Alemão.
– O teleférico é um ponto diferenciado do favela tour no Rio de Janeiro, porque nenhuma comunidade tem um igual a este, com uma vista linda e esta estrutura magnífica. O teleférico passa a ser um dos principais pontos de atração no roteiro do nosso passeio cultural, que também visita outras atrações do complexo, como a Igreja da Penha, o Cine Carioca, o casarão da viscondessa – afirmou Ellen Serra.
Presidente da empresa responsável pela implantação do teleférico, a Emop, Ícaro Moreno Júnior ressalta que a vertente turística do sistema será uma forma de aproximação do público externo com a comunidade.
– Virão pessoas para conhecer uma das comunidades tão mal falada por anos no estado, no Brasil e até no exterior, mas que agora está pacificada. Que venham os turistas para cá. Não dá para o turismo ficar restrito apenas à Zona Sul. Isso aqui é cultura brasileira – pregou Ícaro Moreno.
Teleférico vai beneficiar 85 mil moradores
Com um custo em torno de R$ 210,9 milhões, o teleférico é o primeiro sistema de transporte de massas por cabos do Brasil. Além de cumprir sua função como um sistema de transporte, também destina espaços para equipamentos de inserção social. Ele está integrado aos trens da SuperVia, através da estação de Bonsucesso, e ao metrô, o que vai permitir a uma pessoa se deslocar de pontos distantes do Rio, tanto do Norte como do Sul da cidade, e chegar até a estação da Fazendinha, a última do sistema, sem sair das estações.
Aproximadamente 85 mil moradores do complexo vão se beneficiar diretamente com o teleférico, cuja capacidade de transporte é de três mil passageiros/hora e a velocidade de cinco metros por segundo. Serão 152 gôndolas com capacidade para 10 passageiros, sendo oito sentados e dois em pé. As gôndolas são dotadas de sistema de comunicação com as estações e energizadas através de energia solar.
Há seis estações que estão distribuídas da seguinte forma:
Estação intermodal, em Bonsucesso, que faz a integração com os trens da SuperVia, além de servir de instrumento de revitalização urbanística do bairro;
Estação Morro do Adeus, localizada em uma das comunidades mais importantes do complexo, onde antes só havia acesso por meio de longas escadarias. Esta estação vai contar ainda com uma sala de leitura.
Estação Morro da Baiana: localizada no bairro de Ramos, trata-se da estação motriz de todo o sistema. É o “coração” do teleférico.
Estação Morro do Alemão: situada na comunidade que batiza o complexo, esta estação vai abrigar mais um equipamento social – o Centro de Referência da Juventude.
Estação Itararé/Alvorada: mais uma das estações intermediárias. Ela promoverá a integração com o conjunto habitacional da Poesi, na Estrada do Itararé, e com o Colégio Estadual Jornalista Tim Lopes, além de ceder espaço para a instalação de um centro de serviços à comunidade.
Estação Fazendinha: estação de retorno do teleférico, localizada no Bairro de Inhaúma. Cumpre sua função como parte de um sistema de transporte e também destina um grande espaço para a biblioteca local a serviço da comunidade.
Amigo Hélcio
ResponderExcluirResta saber, em mãos do Estado até quando será assim?
Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.