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terça-feira, 7 de junho de 2011

Complexo petroquímico começa a se instalar no Norte Fluminense
Inea concedeu Licença de Instalação para o empreendimento, que ficará na divisa entre Quissamã e Campos

07/06/2011
Por Charline Fonseca
Governo do Estado do RJ

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) concedeu Licença de Instalação para o complexo petroquímico de Barra do Furado, na divisa entre Quissamã e Campos, no Norte Fluminense.

Além do trabalho de dragagem de 1,6 mil metros do Canal das Flexas – que vai retirar 1,8 milhão de metros cúbicos de sedimentos – será instalado um sistema que impedirá o reassoramento do corpo hídrico.

A obra de restauração e complementação dos guias correntes do Canal das Flexas - hoje completamente assoreado – vai fixar os molhes da barra, um molhe de pedras que sustenta o canal e permite a troca da água salgada do mar com a doce. Entre as intervenções, estão previstos o rearranjo das rochas, a retirada da areia do lado de Quissamã, que impede o fluxo da água, e a transferência desses sedimentos para o lado erodido, em Campos, promovendo maior equilíbrio ambiental e possibilitando a navegabilidade do corpo hídrico. Dessa forma, os terrenos em torno estarão aptos a receber estaleiros, bases navais e offshore.

- Além de ser fundamental para a infraestrutura do Complexo Logístico e Industrial Farol-Barra do Furado, que vai incluir estaleiros e bases de apoio offshore, a dragagem do canal vai permitir a navegação das embarcações de pesca – afirmou a presidente do Inea, Marilene Ramos.

A instalação do sistema de sand bypass, que funcionará de forma permanente coletando os sedimentos antes que alcancem o corpo hídrico, impedirá que ele seja assoreado novamente. O investimento total nas obras de infraestrutura será de R$ 130 milhões, dos quais R$ 50 milhões do PAC 2 ainda não liberados no Orçamento 2011. Na ampliação do molhe serão investidos mais R$ 40 milhões.

O estaleiro coreano STX, a Edilson Chouest, de apoio offshore, e a Allusa Galvão já receberam permissão e já começarão a implementar bases no local. A Licença de Instalação prevê ainda, como compensação ambiental, a aplicação de R$ 1,9 milhão em unidades de conservação da região.

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