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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Marina investe em filiações para romper isolamento


César Felício - De Belo Horizonte
Valor Econômico - 20/04/2011

A candidata derrotada do PV à Presidência, ex-senadora Marina Silva, afirmou ontem pouco antes de receber o título de cidadã honorária de Belo Horizonte que um dos objetivos das reuniões que está promovendo com seus aliados pelo Brasil é colaborar para uma "ampla campanha de filiação". Com a adesão de seus aliados, Marina espera reverter o quadro de isolamento que enfrenta hoje dentro do partido.

A senadora contava com a renovação da direção da sigla, controlada pelo presidente nacional do PV, deputado federal José Luiz Penna (SP), mas a Executiva Nacional marcou a convenção apenas para o próximo ano. Durante a campanha presidencial, muitos apoiadores de Marina não ingressaram no partido e a candidata conseguiu que eles participassem de atos partidários, como a reunião do diretório que optou pela neutralidade no segundo turno da eleição.

"Conseguimos quase 20 milhões de votos, quebramos o plebiscito que existia e trabalho para que o partido faça jus ao movimento que suscitou", afirmou a ex-senadora. Marina ficou em primeiro lugar na eleição presidencial em Belo Horizonte, com 40% dos votos, virtualmente sem palanque: seu candidato a governador, o então deputado federal José Fernando Aparecido, na casa de quem chegou a se hospedar durante a campanha, ficou com somente 4%.

Em sua visita a Belo Horizonte, Marina estava acompanhada apenas de José Fernando e de seu candidato a vice-governador no ano passado, o vereador Leonardo Mattos. Não estavam nenhum dos seis deputados estaduais da sigla, entre eles Délio Malheiros, que é pré-candidato a prefeito de Belo Horizonte, disputando a vaga com o próprio José Fernando. Marina já esteve em Fortaleza, Vitória, São Paulo e Rio promovendo reuniões como a de ontem.

A ex-senadora não quis comentar a hipótese de fundar um novo partido, caso permaneça isolada dentro do PV. Mas insatisfeitos com o PT e o PSOL, sobretudo da ala ligada à Igreja Católica, estão tentando convencer Marina a se lançar nesta empreitada.

Um comentário:

  1. Amigo Hélcio

    Que ela tenha sucesso pois tem brilhantes idédias e luta bravamento por elas. Outrossim precisamos de autênticos partidos políticos.

    Contudo, com a lesgislação e práticas consagradas que ai estão pagamos para ver o que conseguirá.

    Temos cerca de 40 partidos e ainda não são suficientes. Só por ai vê-se claramente ser impossível melhor algo tão significativo como se propõe. Coincidentemente 40 ministérios. Há algum pais com tantos?

    Todos têm seus donos que não abrem mão de ditar os seus interesses pessais. Alguns são fatiados com donos regionais que não se subetem aos nacionais. Enfim uma balburdia geral, muito fértil à ditadura, à corrupção de toda ordem. Não importam os meios, mas somente os fins, que emgeral não são nobres.

    Abraços, saúde e Paz de Cristo.
    Luiz Carlos/MPmemória.

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