Volta do vírus tipo 1 da dengue provoca epidemia no estado do Rio
Especialistas acreditam que número de casos aumente até segunda semana de abril e chamam atenção para a necessidade de prevenção
Cecília Ritto, do Rio de Janeiro (revista Veja)
Os municípios com as maiores taxas de incidência e que já passam por uma epidemia são Bom Jesus de Itabapoana, Cantagalo, Santo Antonio de Pádua e Magé.
A volta do vírus tipo 1 da Dengue ao Rio de Janeiro é a causa epidemia em quatro cidades e surto em 13 bairros da capital. Essa variação do vírus não circulava no estado há mais de 20 anos e, por isso, encontrou parte da população fluminense vulnerável. Ou seja, aqueles que não foram contaminados no final da década de 80 e todos os nascidos depois dessa data não estão imunizados. Entre os dias 2 de janeiro e 12 de março deste ano, foram notificados 20.150 casos suspeitos de dengue. A secretaria estadual de Saúde registrou, no mesmo período, 14 óbitos em decorrência da doença.
Os municípios com as maiores taxas de incidência e que já passam por uma epidemia são Bom Jesus de Itabapoana, Cantagalo, Santo Antonio de Pádua e Magé. “Quando começa a transmissão, é difícil conter”, afirma o assessor técnico da subsecretaria de vigilância em saúde, Mário Sérgio Ribeiro. Segundo ele, já começou o momento da transmissão.
A expectativa é de que o número de pessoas infectadas só diminua na segunda semana de abril, segundo indica a série histórica. Até lá, segundo Ribeiro, o crescimento se dá em projeção geométrica. A epidemia da doença ocorre normalmente em março e nas duas primeiras semanas de abril porque o calor já não é tão forte, há muitos vetores infectados e grande quantidade de pessoas contaminadas.
Na capital, 13 bairros em estado crítico – De acordo com Ribeiro, o surto em 13 bairros da cidade do Rio também preocupa. “Quando entra na região metropolitana, é muito difícil conter por causa da aglomeração de domicílios e pela alta concentração de criadouros”, explica, para, em seguida, acrescentar a fácil adaptação do mosquito Aedes aegypti ao ambiente da cidade. “O vetor é extremamente capaz a se adequar ao meio urbano. Ele encontra nas residências água limpa e parada nas condições que ele precisa para desenvolver seu ciclo biológico”
O entomologista da Fundação Oswaldo Cruz Rafael Freitas diz que a população do Rio está exposta a um “perigo alto”, uma vez que o tipo 1 voltou a ser predominante no estado. Ele começou a circular novamente no final de 2010 em alguns municípios do noroeste fluminense – um dos facilitadores da expansão da doença no início de 2011. No estado, já houve epidemia dos tipos 1, 2 (em 2008) e 3 (em 2002). Apenas o tipo 4 ainda não entrou no Rio de Janeiro, mas já circula por Roraima e Amazonas.
Prevenção - Cada epidemia de Dengue evidencia a dificuldade de se combater assiduamente a doença. As explicações sempre se dão em torno de pessoas já imunes ou ainda suscetíveis. Ou seja, para não haver um surto, a população já tem de ter sido contaminada, o que, na verdade, não pode ser chamado de prevenção. Mas, até hoje, é o que contribui para a existência ou não de uma epidemia.
Rafael Freitas acredita que os meios de combate à Dengue são antigos. No entanto, lembra que nada melhor foi encontrado. “Oswaldo cruz usava a mesma metodologia de visitar as casas das pessoas em busca de criadouros no início do século passado. Precisamos de outra estratégia, mas ainda não existe. Pesquisas são feitas e os resultados não superam os procedimentos atuais”, explica.
Os municípios com as maiores taxas de incidência e que já passam por uma epidemia são Bom Jesus de Itabapoana, Cantagalo, Santo Antonio de Pádua e Magé.
A volta do vírus tipo 1 da Dengue ao Rio de Janeiro é a causa epidemia em quatro cidades e surto em 13 bairros da capital. Essa variação do vírus não circulava no estado há mais de 20 anos e, por isso, encontrou parte da população fluminense vulnerável. Ou seja, aqueles que não foram contaminados no final da década de 80 e todos os nascidos depois dessa data não estão imunizados. Entre os dias 2 de janeiro e 12 de março deste ano, foram notificados 20.150 casos suspeitos de dengue. A secretaria estadual de Saúde registrou, no mesmo período, 14 óbitos em decorrência da doença.
Os municípios com as maiores taxas de incidência e que já passam por uma epidemia são Bom Jesus de Itabapoana, Cantagalo, Santo Antonio de Pádua e Magé. “Quando começa a transmissão, é difícil conter”, afirma o assessor técnico da subsecretaria de vigilância em saúde, Mário Sérgio Ribeiro. Segundo ele, já começou o momento da transmissão.
A expectativa é de que o número de pessoas infectadas só diminua na segunda semana de abril, segundo indica a série histórica. Até lá, segundo Ribeiro, o crescimento se dá em projeção geométrica. A epidemia da doença ocorre normalmente em março e nas duas primeiras semanas de abril porque o calor já não é tão forte, há muitos vetores infectados e grande quantidade de pessoas contaminadas.
Na capital, 13 bairros em estado crítico – De acordo com Ribeiro, o surto em 13 bairros da cidade do Rio também preocupa. “Quando entra na região metropolitana, é muito difícil conter por causa da aglomeração de domicílios e pela alta concentração de criadouros”, explica, para, em seguida, acrescentar a fácil adaptação do mosquito Aedes aegypti ao ambiente da cidade. “O vetor é extremamente capaz a se adequar ao meio urbano. Ele encontra nas residências água limpa e parada nas condições que ele precisa para desenvolver seu ciclo biológico”
O entomologista da Fundação Oswaldo Cruz Rafael Freitas diz que a população do Rio está exposta a um “perigo alto”, uma vez que o tipo 1 voltou a ser predominante no estado. Ele começou a circular novamente no final de 2010 em alguns municípios do noroeste fluminense – um dos facilitadores da expansão da doença no início de 2011. No estado, já houve epidemia dos tipos 1, 2 (em 2008) e 3 (em 2002). Apenas o tipo 4 ainda não entrou no Rio de Janeiro, mas já circula por Roraima e Amazonas.
Prevenção - Cada epidemia de Dengue evidencia a dificuldade de se combater assiduamente a doença. As explicações sempre se dão em torno de pessoas já imunes ou ainda suscetíveis. Ou seja, para não haver um surto, a população já tem de ter sido contaminada, o que, na verdade, não pode ser chamado de prevenção. Mas, até hoje, é o que contribui para a existência ou não de uma epidemia.
Rafael Freitas acredita que os meios de combate à Dengue são antigos. No entanto, lembra que nada melhor foi encontrado. “Oswaldo cruz usava a mesma metodologia de visitar as casas das pessoas em busca de criadouros no início do século passado. Precisamos de outra estratégia, mas ainda não existe. Pesquisas são feitas e os resultados não superam os procedimentos atuais”, explica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será exibido após aprovação do blog