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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

CRESCIMENTO DO INTERIOR DO RIO É MAIOR DO QUE O DA CAPITAL
Dados de uma pesquisa da FGV Projetos mostram que a qualidade de vida no interior do estado do Rio está próxima da capital.

O coordenador da FGV Projetos Fernando Blumenschein explica que o desenvolvimento da indústria petrolífera é o grande responsável pela mudança de patamar do interior, mas lembra que a economia do Rio tem se diversificado e crescido em outros ramos. "A chegada da indústria automobilística levou a um grande desenvolvimento da região sul fluminense e há também o retorno da indústria naval, que tem beneficiado a região de Angra dos Reis", diz.

Dados da pesquisa mostram que a produção física da indústria automobilística do Rio cresceu 304,93% entre 1997 e 2009, percentual que foi de 35,8% no Brasil nos mesmos 12 anos. Isso devido à instalação da fábrica da Volkswagen Caminhões (agora MAN) em Resende, em 1996, e da Peugeot Citroën, em Porto Real, em 2000.

Em 2007, a participação do interior no PIB representou 52,97% ante 47,03% da capital.

O percentual de crescimento da renda real domiciliar do interior no período 1997 a 2009 foi de 40,5% (de R$ 446,49 para R$ 627,35) ante 12,46% da capital (de R$ 739,73 para R$ 831,96).

O percentual de pobreza da população no interior caiu de 22,82%, em 1997, para 9,63%, em 2009, enquanto o da capital recuou de 28,62% para 20,78%.

Na indigência houve recuo de 2,78%, em 1997, para 1,67%, em 2009. Na capital o recuo foi de 3,77% para 2,63%.

A saúde no interior tem maior cobertura. O número de leitos públicos por habitante no interior em 2007 foi de 3,3 ante 2,18 o número da capital. A mortalidade média por doenças transmissíveis era 16% menor no interior.

No saneamento o interior também tem cobertura maior, hoje com 99,06% ante 97,52% da região metropolitana.

O estudo realizado pela FGV Projetos tem o objetivo de medir a qualidade de vida nas cidades, utilizando número maior de variáveis que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Enquanto o IDH leva em conta três variáveis (expectativa de vida, renda per capita e escolaridade), o Índice de Desenvolvimento Econômico e Social da FGV conta com 40 - entre elas, saúde, saneamento, segurança e habitação.

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