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sexta-feira, 16 de julho de 2010

INVESTIMENTOS NO NOROESTE FLUMINENSE

De acordo com o estudo “Plano de Desenvolvimento Sustentável do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro – Volume 3”, elaborado pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAG e publicado em março/2010, cujo teor pode ser acessado aqui, estão previstos, segundo a FIRJAN, para o período 2010-2012, investimentos de R$126,3 bilhões para o Estado do Rio de Janeiro.

... o Estado do Rio de Janeiro passa por uma fase de grandes investimentos, que chegam a quase R$ 100 bilhões. A conjuntura política também é favorável. Registra-se um inédito alinhamento entre os governos federal, estadual e municipais, incluindo a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, que permite que esses investimentos sejam articulados com os interesses e as necessidades da sociedade Fluminense”. (Decisão Rio – Investimentos 2008-2010, Firjan, 2009).
Grande parte destes investimentos se conecta a um importante recurso natural, que é a existência de abundantes reservas de petróleo na Bacia de Campos no Norte Fluminense.”

Para o Noroeste Fluminenses e outras regiões (que não sejam: Leste, Norte, Baixada I, Município do Rio de Janeiro e Sul) está previsto R$ 1,9 bilhões, sendo que as principais aplicações serão em Itaocara (Ligth – R$ 0,62 bilhões), São José de Ubá (Godiva Alimentos – Godam – R$ 0,01 bilhões) e em diversos outros municípios para expansão e modernização (Governo Federal – R$ 0,01 bilhões).

É uma pena que a região mais pobre do Estado do RJ não venha receber volume maior de investimento.

Conclusões do próprio Estudo:

2009: “Atualmente, no Noroeste, Pádua, Aperibé e Itaperuna apresentam os menores índices de pobreza, de 21,44 a 26,43%. Seguem-se Itaocara, Bom Jesus de Itabapoana e Italva, com índices de 26,95% a 31,3%. O grupo mais empobrecido, de 31,33% a 50,19% é formado por Varre-Sai, Porciúncula, Natividade, Laje de Muriaé, Miracema, São José de Ubá e Cambuci, ou seja, a maioria dos municípios desta Região está classificado no nível de pobreza mais acentuado de todo o Estado do Rio de Janeiro, uma situação efetivamente alarmante.”

“Assim, em 2003, de acordo com o Índice GINI, apresentaram menor desigualdade social Varre-Sai, São José de Ubá e Italva, seguidos por Laje do Muriaé e Porciúncula. Na média do valor de desigualdade estão Aperibé, Itaocara, Cambuci, Itaperuna, Bom Jesus de Itabapoana e Natividade. A desigualdade social mais acentuada do Noroeste foi medida em Miracema e Santo Antônio de Pádua.”

Os Índices de Gini 2003 dos municípios supracitados: Varre-sai (0,40), São José de Ubá (0,39), Italva (0,40), Laje do Muriaé (0,41), Porciúncula (0,42), Aperibé (0,46), Itaocara (0,45), Cambuci (0,46), Itaperuna (0,45), Bom Jesus do Itabapoana (0,46), Natividade (0,45), Miracema ( 0,48) e santo AntÔnio de Pádua (0,48). No Brasil: 0,56.
Nota: o Índice de Gini mede a desigualdade de renda. Vai de 0 a 1, sendo 1 a pior nota.

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