O velho ribeirão Santo Antônio, que um dia teve suas águas cristalinas e que também propiciou a formação da cidade de Miracema, além, claro, da iniciativa da grande desbravadora dona Ermelinda, foi, durante certa ocasião, cogitado para ser a divisa dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, na polêmica questão da localização da fronteira dos dois estados, que somente foi resolvida depois de muitos anos.
Hoje, existem 14 pontes sobre o ribeirão Santo Antônio ligando os dois lados do perímetro urbano de Miracema. A primeira delas, no sentido da descida da água, está localizada na Usina Santa Rosa: é a ponte que liga a rodovia RJ-116 à av. Carvalho. A próxima é a ponte da rua Ebal Bolácio Sant’Anna. Seguindo vem a ponte da rua Prefeito José de Carvalho. Mais à frente temos a pequena ponte que liga a praça João Antônio Hassel à rua Prefeito Nilo Lomba. Poucos metros adiante, vem a ponte da praça Dos Estudantes.
Depois temos as antigas pontes: a do Aero Clube, na rua Barroso de Carvalho, e a do Hotel Braga, na rua Matoso Maia, que pela forma que foi construída, com o piso feito de paralelepípedos, provavelmente seja a primeira ponte de concreto erguida sobre o Ribeirão Santo Antônio. A próxima é a ponte da rua Francisco Bruno de Martino.
Seguindo, temos as pontes das ruas Irineu Sodré, Manoel M. F., Eduardo A. Silva, avenida Eiras, rua Oswaldo Botelho e, finalmente, a da avenida José Figueiredo, no Carrapichão.
E pensar que Miracema hoje em dia poderia ser como Pirapetinga, parte Minas e parte Rio, se houvesse vingado o desejo dos políticos mineiros da época, principalmente do lendário Firmo de Araujo, que era neto da fundadora de Miracema dona Ermelinda Pereira Rodrigues, que compreendiam que a divisa dos estados do RJ e MG deveria ser no ribeirão Santo Antônio.
Mas, se assim estivesse ocorrido, Miracema ser um pouco Minas e um pouco Rio, não faria muita diferença, não. Pois Miracema é tão mineira quanto fluminense. Os hábitos mineiros estão tão impregnados em nós, que duvido que não haja um miracemense na cosmopolita cidade do Rio de Janeiro que um dia não foi confundido com mineiro. Uai!
E, garçom, por favor, veja pra mim a costelinha com couve, tutu e arroz. Traz também aquela “pinga” especial do barril de carvalho, pra abrir o apetite. Saúde pra todos!
Amigo Helcio
ResponderExcluirQue bom termos suas crônicas.
Obrigado.
Teremos os prazer de revêlo no lançamento de LM (VII)?
Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.
Estaremos lá, Luiz Carlos. Se Deus quiser.
ResponderExcluirObrigado pelo incentivo às crônicas.
Abraços, Hélcio